Portas que se abrem.
É desta forma que começo o nosso blog. Na verdade, nunca fui destas coisas, mas cada vez me convenço mais que é necessário filtrar informação e apresentar apenas aquela que é de fonte segura! Como aquilo que escrevo é uma tradução daquilo que vivo (nomeadamente na minha realidade - fotografia de casamento), abro assim uma porta para o mundo da partilha de informação fidedigna.
A fotografia de casamento começou por ser uma área na qual não tinha um interesse especial. Contudo, havia uma voz que murmurava ao ouvido: "tens contas para pagar". Fruto da evidência e até porque a fotografia era e é para mim, além de uma paixão, um negócio, vi-me forçado a aceitar propostas de noivos para fotografar os seus casamentos. Comecei com dois ou três num ano. Traduzia-se em cerca de três mil euros. Era pouco para o que almejava, mas cobria a despesa com a renda do meu primeiro estúdio (ou sala de reuniões, ou lá o que é que era). O restante trabalho fotográfico, trabalho de estúdio e alguma cobertura de eventos não religiosos, ainda que não me permitissem fazer uma vida folgada, eram suficientes para alimentar sonhos. Foi desta forma, e com o apoio dos meus pais, que consegui manter o meu foco e a minha dedicação nesta arte.
Um dia, depois de fotografar um casamento, fui invadido por uma sensação de satisfação, de euforia. Satisfação, por estar convencido que tinha feito um trabalho interessante e ao nível dos fotógrafos ditos profissionais da área. Euforia, por querer chegar ao estúdio (ou sala de reuniões, ou lá o que é que era), copiar os ficheiros para o meu computador e confirmar entretanto o que já suspeitara: até tinha feito umas imagens interessantes.
Foi neste dia que entendi que a fotografia de casamento não era exatamente aquilo que eu pensava. Comecei a pesquisar por fotógrafos de casamento e a guardar as minhas próprias referências e inspirações. Claro que rapidamente, numa tentativa infeliz de retrospectiva, entendi que afinal as imagens do tal casamento não eram "ao nível dos fotógrafos ditos profissionais da área". Só tinha uma hipótese: melhorar! E haverá melhor forma para evoluir que ser desafiado?
Fiz e tenho feito exatamente aquilo que qualquer ser humano terá que fazer: trabalhar e não desistir. Para mim, duas ações primordiais para quem quer atingir objectivos, sejam eles quais forem!